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Música tema
Ervilha Sapo Junior
De Marcelo Quintanilha
Indicado Prêmio Femsa de teatro infantil e Jovem 2008
"O rio corre só pra ver o mar O trapezista quer poder voar A lagarta sonha em ser borboleta E o astronauta quer pisar em outro planeta
A nota musical quer formar uma canção O cientista sonha com a sua nova invenção O desejo do soldado é pela paz E o mar quer conhecer Minas Gerais
Seu sonho pode ter qualquer tamanho Pode ser alto, diferente, até estranho Mas sonhe sempre, noite e dia, o tempo inteiro Mesmo impossível, sonhe um sonho verdadeiro
Seu sonho é só seu e não há nenhum outro igual E só você pode fazer seu sonho ser real Ainda mais se for um sonho lindo Feito uma estrela de brilhos infindos
Sou dona do meu destino
E do meu próprio nariz
Por isso eu sonho e posso ser feliz”.
As outras peças escritas e dirigidas por Marcus Vinicius, que compõem a tríade, são Desce do Muro, Moleca! (encenada em 1996, no teatro Paulo Eiró) e Um Jeito Assim..., com apresentações em 1998, no teatro Mars e em unidades do Sesc (Consolação, Interlagos, Pompéia), em São Paulo. A primeira parte da trilogia foi concebida e adaptada para o palco a partir do livro homônimo de Marcus Vinicius, editado pela FTD – Quinteto, em 1996. Escolas da rede pública e particular de ensino fundamental, em São Paulo, adotaram em sala de aula a obra, que deve ganhar a terceira edição no próximo ano. A idéia do autor é lançar concomitantemente em livros as três narrativas. Com humor e poesia, é contada a história de uma menina, que não é bem-vista pela vizinhança por sempre andar sobre muros. A encenação teve três indicações para o Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem 1996, como melhor texto, direção e cenografia. A trilha de Marcelo Quintanilha também foi indicada para a premiação da Apetesp (Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo).
Voltada para a mesma faixa etária, dos 7 aos 12 anos, a segunda peça, Um Jeito Assim..., conquistou o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de melhor diretor e teve indicação para o Troféu Mambembe como melhor autor, em 1998. O enredo mostra a trajetória de um garoto de rua, amigo de uma menina que cai em cima dele, após escorregar de um muro. Para se sustentar, Benício trabalha como entregador na pizzaria de dona Concheta, única personagem presente nas três montagens. Assim como nas duas encenações anteriores, a cenografia utiliza andaimes de construção. Agora, três estruturas de ferro (de 5m e 2m de altura) se transformam em praça, rua e casa. “Nas mudanças de cenário, não há blackout para o público ver a transformação e a sua criatividade ser despertada, ao entrar em contato com o construtivismo teatral”, opina Marcus Vinicius de Arruda Camargo. O encenador lança mão de outro recurso para atrair a atenção da platéia. A coxia fica à vista o tempo todo. Os atores trocam de figurino atrás de duas araras de roupas. “O espectador poderá acompanhar a cena no palco e o que acontece nos bastidores, revelando o mistério dos bastidores”, diz.
Esta é a segunda vez que seis atrizes do elenco de Ervilha Sapo Junior contracenam juntas, em um texto de Marcus Vinicius, sob sua direção. Em 2005, Ana Carolina Scaff, Carolina Ghirardelli, Carolina Holanda, Gabriela Scarcelli, Luciana Lucca e Patricia Canola apresentaram Feminina Lunar, no Teatro do Centro da Terra. A peça enfoca uma mulher há tempos trancada em sua solidão e que poderia ser várias ao mesmo tempo, pois o seu confinamento gerou muitas vidas. A seleção do elenco foi feita por Marcus Vinicius, que ministra cursos de interpretação na sua escola Casa de Cinema e Televisão, nos Jardins, em São Paulo. As atrizes e atores pertenceram à mesma turma da instituição, há três anos. Todos os personagens da trama, crianças e adultos, são interpretados por profissionais entre 20 e 30 anos. Optei por essa liberdade na escolha dos atores, porque mais do quê crianças, representam seres humanos, com sinceridade, sem construir tipos. A dedicação ao ensino e à preparação de elenco para longas-metragens brasileiros são as responsáveis pelo intervalo de dez anos dado pelo autor entre as duas primeiras e a última parte da trilogia, juntamente com outros projetos artísticos. Em 2000, por exemplo, Marcus Vinicius concebeu o roteiro e atuou como diretor-assistente no curta-metragem Imminente Luna (com Raul Cortez, Emilio Di Biase e Luis Mello), sobre solidão na terceira idade. Além de representar o Brasil na Alemanha, Itália, França e Suíça, o filme conquistou o Prêmio Lei de Incentivo à Cultura – Linc – Melhor Roteiro, Troféu TV Cultura – 11º Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo e de Melhor Curta-metragem Nacional, na 24ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.